domingo, 29 de agosto de 2010
OMNE
Omne (lat. Inteiro)
ser homem
não um “qualquer”
homem
poder voar
nas asas finas das borboletas
nos espaços vazios da magia
compreender as ausências
sem amarras
tocar
sentir
o outro
o gosto
a verdade
navegar nas cristas dos mares
sem afundar
ter certezas
se for preciso
ser incerto
sempre certeiro
como uma seta
que mira corações
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Um dia com Pilar
Um livro é sempre um bom livro. Tratando-se de Flavia Lins e Silva, não podemos duvidar. Uma moça afetuosa, dotada de uma generosidade impar. Foi assim o nosso encontro. Uma viagem pela Grécia sem fronteiras. Uma turma do 6º ano apaixonada pela pequena Pilar e sua jornada. Autora sensível que cultiva e demonstra todo apreço pelos seus leitores. Valeu Flávia! Por mais um sonho.
Mozart
domingo, 1 de agosto de 2010
A noite dos deuses.
A Noite, Deusa das Trevas, filha do Chaos, é a mais antiga divindade. Para os poetas é considerada como filha do Céu e da Terra, para Hesíodo, mãe dos Deuses, pois procede de todas as coisas.
Foi com a Deusa das trevas, numa sexta-feira que os ORÁCULOS apresentaram-se. No desejo de conhecer o futuro e de saber a vontade dos Deuses, fez-se Sérgio Gerônimo e as pitonisas Eurídice Hespanhol, Ilka Jardim e Messody Benoliel divulgarem, através de versos precisos e fortes, as profecias.
As Pythias, sacerdotisas sentadas sobre a trípode acima do abismo de onde brotavam as pretensas exalações proféticas, divulgavam ao Oráculo as profecias mais importantes através de poemas.
A Noite foi de deuses e deusas. “Com raios e trovões” Zeus se fez presente na voz de Sérgio Gerônimo. As Pithonisas logo se pronunciavam no brado inconfundível de Messody, mostrando sua identidade – “Eu sou assim, coberta de incerteza / Paradoxalmente incontrolável”.
Athena e Hera emocionavam com a força de “Poema de Amor” de Eurídice Hespanhol que invadia nossos corpos com suaves ternuras.
Afrodite procurava incansavelmente o "Gato Fujão" da Ilka Jardim que de olhos verdes, miava em seus ouvidos.
Apolo, sedutor, na sua carruagem “em cores ardor cintilantes”, com suas mãos, "adelgaçava" a cintura das Musas e dizia, ao pé do ouvido, “Tu me amas!” já que, esperto, sabe que "a vida é tão curta".
Hades e Baco diluíram em “sacro delírio” porque o ritual “emerge sua láurea e pulsava embriagado todo orgasmo”.
A lira e clarins, uma sinfonia melodiosa, realizou-se na voz inconfundível de Sandra Grego. Ao som da guitarra bailavam os faunos, musas, uma orgia de bandoleiros com seus cavalos alados.
Assim se fez uma noite imperdível. E pela primeira vez prestei atenção em mim e minha sensibilidade fez-me escrever em batom as linhas desse texto.
Será que falei Grego?
Mozart Carvalho
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