domingo, 18 de julho de 2010

Intrusos


Frios olhos
penetrantes
doces picadas
o ato falo
intruso
indiscreto
rígido arguto
sexo
desfaz-se
a cama néctar
a carne
quente arde
enxame
rubros lábios
fendas abertas
molhadas
brotam
saliva
gozo
gosto
a língua
e olhos.

Coxas de Cetim



Em Coxas de Cetim Sergio Gerônimo coloca o ledor numa aventura sexual pungente, não vulgar, na linha de gozo. A fonte de todo o processo do êxtase, um onanismo sutil que inquieta a busca poética do ser.
A economia dos substantivos, o uso dos verbos são códigos decifraríeis que nos individualizam a cada minuciosa leitura. É a força psíquica que produz em nossas mentes o desejo verbal e não verbal de realizar as sensações descritas. É a pornografia não cifrada, mas estimuladas em nossas mentes silenciosas. Elegante, perspicaz e sedutora leitura. Coxas de cetim... Que coxas! Nos faz delirar com o velho sabor da primeira vez.

Mozart Carvalho

Universo em nós

Poesia é sempre poesia. Será que nas mãos de uma artista plástica o papel transforma-se em tela e as letras desnudam-se em arco-íris de versos encadeados, francos e harmônicos?
Heloisa Amado consegue compor o universo em versos claros, sonoro e humano. Ela e sua poesia nos fazem relaxar no azul infinito e descansa suas emoções nas copas de suas lembranças, aos sons de pássaros canoros.
Na verdade não basta compartilhar de seus versos, e sim perceber a coerência de seus sentimentos, principalmente a coerência com a vida. A vida para autora é a gota brilhante como cristal, um diamante único, mas também a dor que transforma e nos redimensiona dentro de um universo maior, que nos dá o sabor de caminhar sempre.
Mozart Carvalho

sábado, 10 de julho de 2010

Com Tato




(...)
Hálito quente língua fremente
Insolente a desvirginar meus dentes
Expostos indecentemente
Peito aveludado
Ninho exposto
(...)

in Coxas de Cetim, Sérgio Gerônimo.

Une belle histoire

UN BEAU ROMAN (UNE BELLE HISTOIRE)
(Musique: Michel Fugain)
Michel Fugain (France)
autres interprètes: Robert Demontigny, Yuri Buenaventura


C'est un beau roman, c'est une belle histoire
C'est une romance d'aujourd'hui
Il rentrait chez lui, là-haut vers le brouillard
Elle descendait dans le midi, le midi
Ils se sont trouvés au bord du chemin
Sur l'autoroute des vacances
C'était sans doute un jour de chance
Ils avaient le ciel à portée de main
Un cadeau de la providence
Alors pourquoi penser au lendemain

Ils se sont cachés dans un grand champ de blé
Se laissant porter par les courants
Se sont racontés leur vies qui commençaient
Ils n'étaient encore que des enfants, des enfants
Qui s'étaient trouvés au bord du chemin
Sur l'autoroute des vacances
C'était sans doute un jour de chance
Qui cueillirent le ciel au creux de leurs mains
Comme on cueille la providence
Refusant de penser au lendemain

C'est un beau roman, c'est une belle histoire
C'est une romance d'aujourd'hui
Il rentrait chez lui, là-haut vers le brouillard
Elle descendait dans le midi, le midi
Ils se sont quittés au bord du matin
Sur l'autoroute des vacances
C'était fini le jour de chance
Ils reprirent alors chacun leur chemin
Saluèrent la providence en se faisant un signe de la main

Il rentra chez lui, là-haut vers le brouillard
Elle est descendue là-bas dans le midi
C'est un beau roman, c'est une belle histoire
C'est une romance d'aujourd'hui