Noel
Já chorei as mulheres
Aquelas que por hora
apaixonei-me
Já cantei os versos
do passado
nas alamedas perdidas de outrora
e agora Noel
O que faço com a Vila
Se a Isabel já alforriou
os nossos santos
que de mãos negras
cultivaram nossos prantos
E agora Noel
Uma praça,
um banco,
uma caixa de fósforo
um batuque
incendeia os quadris
das mulatas faceiras
Bamboleando
Martinho, Sapoti
e Marrom espelham a cor
brejeira
da Mangueira, do Salgueiro
e da nossa Vila.
Mozart
Noel não poderia ter recebido uma homenagem mais tocante e sensível.
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