domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lunáticos

olho as esquinas
avesso aos faróis acessos
os postes estreitam o brilho
a covarde luz da lua
se cobre de concreto
edifícios encouraçados
de visão obtusa
projetam a seda dos ventos,
as cortinas estremecem
violentadas pela privacidade
a solidão alucina
lunáticos trafegam as calçadas


na folia, na anarquia
e despem as máscaras
as vestes – os sexos
somos iguais
nas ruas, nas mansões,
nos barracos que verticalizam
as grades limitadas de nossos desejos.
MOZART

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