ao mistério
falo do inquietante
campo de concentração
- solidão
no interior da alma
um estranho habita
deliciosamente nu
escoltado, luminosos
os corpos suspiram
gotejam, suam
viscosamente
a melhor oferta
sustenta o abandono
nervos ardentes
Aquiles e Pátroclo |
sorte do desejo
anseio de sexofaces incógnitas
da indelével maldade
salivam e selam
língua e carne
sobre os dentes
ruas alertas
postes eretos
iluminam o ardil da noite
esquinas povoadas
loucas rebuceteiam
o amor rígido
intumescido, alucinado
falo – arena da solidão
a brutalidade das mãos
num vai e vem ritmado
delineando espasmos
que coram os malditos gozos
covardes e assassinos
emudecem as madrugadas
são eles desviantes
das verdades avessas
aliados as couraças
escorraçando os medos
frutos de insultos
invertem o mundo
sobre-o-mundo
a gaiola de Genet
esvazia-se de sangue
Mozart
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