quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Long-play

lavrei o pensamento
posando na vitrola um long-play
a ponta da agulha
histórias melodiosa(mente)
sondavam os acordes
versos escalavam as notas

em um futuro distante
aprenderei a encarar as fases
dos rios de verdades
que se desfazem em águas
em córregos senis
nas enseadas delirantes
lado a lado às oblíquas juras
de eterna felicidade
(Mozart)

Um comentário:

  1. "em um futuro distante
    aprenderei a encarar as fases
    dos rios de verdades". Cara, talvez, eu esteja aprendendo a suportar algumas de minhas fases, mas encarar...é bem frontal, né? Muito bom o poema e parece fazer conjunto com o Nas esquinas do passado, Chronos e o do armário. Parece haver em comum a idéia de que algo sempre espreita o ser e lhe cobra uma verdade. Verdade esta que lhe foge ao controle. Estamos à mercê do inconsciente...Brincar com isso é uma ótima saída! Bjs!

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